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Mary Nemain

“A dança que danço é mais uma mera «coreografia»?
O que me faz mover? O corpo que existo, o corpo que existi, o meu sentir exasperado.
Uma questão a pairar sobre tudo...

Sabem que mais?
Não me apetece dançar a beleza, o óbvio. Agradar. Ser visivelmente suportável.
Não me apetece mover da forma esperada. Não quero que vejam um corpo desintegrado da minha sede de dançar, do meu eu.
Que público é este que não alcança para além de?...que fica num patamar tão frágil de superficialidade?...
Não é isto que tenho para partilhar. Não danço para perceberem, danço para sentirem internamente o que está por detrás das vossas inúteis mascaras. Deixem-nas cair, deixem-se levar e entrem nesta viagem.
Não observem só por acto lúdico, nem o façam com expectativas, libertem-se de vocês mesmos!

E então, passo a passo
A bailarina dança, e vós compasso...”
(Nemain)


Mary Nemain, bailarina e professora de dança iniciou a sua vida no movimento oriental em 2007 com a professora Iris Lican, tendo anteriormente passado por outras experiências de movimento.

Ao longo de percurso de bailarina, Nemain já trabalhou com diversos artistas, como Soraya Moon, Mariana Lemos, Navras Negative One, Iris Lican, Baltazar Molina, Advent Mechanism, Ignis Fatuus Luna, Moonspell, Freya, Aisha, Cintia Matias, Cláudia Laia Sequeira, Maria Clara, entre muitos outros.

Em 2010 iniciou o curso “O Corpo Oriental” durante 2 anos com Iris Lican, Mariana Lemos e Baltazar Molina. Este curso permitiu-lhe passar por vários processos e transformações internas, onde iniciou uma aprendizagem e estudo intensivo sobre a dança oriental, o corpo e o movimento.

Grande parte do seu trabalho artístico expressa vivências no interior do corpo, trazendo uma visão ampla sobre o que é o corpo oriental, o corpo em movimento, o corpo integrado numa sociedade. Na dualidade Nemain desenvolve o seu recente trabalho intitulado de Simbiose, onde integra os dois movimentos, que quando unidos fluem.
A simbiose tem como base o movimento oriental unido aos aspectos simples da vida quotidiana. Tem também uma forte vertente de expressão facial. Esta ligação entre a expressão corporal e a facial possibilita uma clara percepção do movimento enquanto estado e ser. Surgiu ao longo de anos de estudo e de parcerias com outros artistas, como Navras Negative One, o criador da banda Advent Mechanism, da qual Nemain é membro. Afirma ser uma das suas maiores fontes de inspiração a enorme liberdade para criar sem que haja uma forma, um rótulo.

Por isso mesmo Nemain tem como objectivo exemplificar o quão vasta pode ser a dança oriental e que o público, através do movimento, encontre sensações que o leve a reflectir e questionar, mesmo que isto cause algum tipo de desconforto.
“A arte da dança é uma viagem ao nosso mundo, às nossas angustias e ao nosso prazer, a um ser por nós desconhecido” (Mary Nemain)

Nemain convida todos a entrar nesta grande viagem!

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